O assunto mercado de carbono é de suma importância no Brasil e no mundo, uma vez que isso se refere a compra e venda de créditos de carbono, que correspondem a não emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Assim, uma tonelada de carbono não emitida ou recuperada corresponde basicamente a um crédito gerado.
Dessa forma, o mercado de carbono é classificado como regulado e voluntário, sendo que o primeiro internamente possui variações, e o outro conta com diversas iniciativas, que mesmo dialogando entre si, encontram-se fragmentadas. Logo, essas são abordagens distintas para lidar com as emissões de gases de efeito estufa e mitigar as mudanças climáticas.
Posto isso, para compreender melhor sobre este assunto, a seguir, explicaremos a diferença entre o mercado de carbono regulado e o voluntário. Confira:
Mercado de carbono regulado vs. Mercado de carbono voluntário:
Mercado de Carbono Regulado:
O mercado de carbono regulado segue padrões e protocolos rigorosos, estabelecido e regulamentado pelo governo ou por organizações internacionais. Sendo assim, isso serve como parte de esforços para cumprir metas de redução de emissões de CO2 estabelecidas conforme critérios climáticos globais, como o Acordo de Paris e o Protocolo de Quioto, por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), por exemplo.
Devido a isso, entende-se que o carbono regulado tem como finalidade cumprir metas de redução de emissões e atender obrigações legais estabelecidas por governos ou acordos internacionais.
Em função disso, envolve principalmente empresas e indústrias regulamentadas que têm metas de emissões definidas por governos. Exemplo disso, são empresas de energia, indústrias, transportadoras e outros setores de alto impacto. Além disso, algumas empresas e indústrias sob jurisdição regulatória são obrigadas a cumprir limites de emissão e podem comprar créditos de carbono para cumprir essas obrigações.
Mercado de Carbono Voluntário:
O mercado de carbono voluntário é uma iniciativa não regulamentada, na qual as empresas e indivíduos escolhem participar voluntariamente, muitas vezes motivados por preocupações ambientais e responsabilidade social. Geralmente, nesse mercado as reduções de emissões e a compensação de carbono não são obrigatórias, mas empresas e indivíduos podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões voluntariamente.
Desse modo, o carbono voluntário tem como finalidade incentivar ações ambientalmente responsáveis, mesmo que não haja obrigações legais para fazê-lo. No entanto, a compensação de emissões de carbono e a promoção de projetos de mitigação das mudanças climáticas.
Neste sentido, pode envolver uma variedade de participantes, incluindo empresas, organizações não governamentais, governos locais, indivíduos, transportadoras e até mesmo eventos esportivos que desejam compensar suas emissões de carbono.
Portanto, a principal diferença entre os mercados de carbono regulado e voluntário é sobretudo, voltada para a obrigatoriedade e regulamentação. Isso porque, o mercado regulado é imposto por leis e regulamentos governamentais para atender a metas de redução de emissões, enquanto o mercado voluntário é uma escolha individual ou corporativa para compensar emissões e promover ações climáticas positivas sem obrigações legais. Contudo, ambos desempenham um papel fundamental na luta contra as mudanças climáticas.